1. Avaliação final das Atividades
Realizou-se no passado dia 22 de Junho uma reunião de final de ano dos voluntários responsáveis pelas actividades do Centro. “Professores” de português, inglês, informática, alfabetização, música, cinema e tai-chi encontraram-se à hora marcada, para, depois de um breve lanche inicial, avaliarem o ano que termina e pensarem em conjunto melhorias para o novo ano que começa. Este ano, pela primeira vez, também os “alunos” foram desafiados a avaliar as atividades e os seus “professores”, através de um inquérito simples e anónimo.
Estas atividades (pelo menos duas) fazem parte do chamado “projeto de vida” de cada utente acompanhado pelo Centro, e têm como objetivo não só a transmissão de conteúdos, mas também o desenvolvimento de hábitos e competências de trabalho e psicossociais. O balanço do ano é que, mesmo com as faltas, atrasos, dificuldades no processo de aprendizagem, as atividades valeram muito a pena. E sinal disso mesmo é a ligação e afeto que une muitos dos “alunos” aos seus “professores”.
E como já vem sendo habitual, o final do trimestre (que neste caso coincide com o final do ano) será assinalado por um “lanche de entrega de diplomas”, em que cada participante que tenha vindo a pelo menos 2/3 das aulas terá direito a um “diploma de participação”. Esta é mais uma forma de estimular a participação e o envolvimento de todos, tão mais necessário se olharmos para os desânimos e desistências que as dificuldades e o desemprego prolongado provocam. Ajudar a fazer face a esta “forma de pobreza” é também a missão do Centro. E mais um ano parece ter sido, com o empenho de todos e mesmo com as naturais falhas e imperfeições, “missão cumprida”!
Rita Santos
2. S. João no Centro
Quem se aproximava do Centro São Cirilo na noite de 23 de Junho podia entrever o cheiro das sardinhas, a cor das bandeiras que precipitavam para a festa, a correria das crianças pela sala e as pequenas conversas que iam surgindo entre pessoas tão diferentes nos traços mas numa comunhão imensa nos gestos.
O serão começava assim com as pessoas que ali trabalham e apoiam, as que ali fazem casa e espaço de convívio e muitos amigos ao redor de uma mesa. Trocaram-se conversas, partilharam-se histórias, os mais novos iam passando pelos diferentes postos com desafios e lançavam-se os balões.
E logo surgiu o mote para o bailarico através de músicas tradicionais cantadas e acompanhadas à guitarra levando diferentes origens a entrar num lugar-comum. Porque entre as diferentes culturas e tradições há sempre uma ponte que se atravessa de mãos dadas com aqueles que trazemos ao lado.
Luísa Sobral
3. Espaços do Centro
Quem vier fazer uma visita ao Centro S. Cirilo, percebe que algumas mudanças, por circunstâncias várias, foram sendo feitas. E uma dessas mudanças foi ao nível dos espaços físicos do Centro, bem como a sua própria disposição e decoração.
Foi-se percebendo que este Centro poderia ficar ainda com um ar mais familiar, mais de casa e que não seria difícil tornar realidade esse desejo. Deste modo, foram sendo feitas algumas alterações com o material que temos, assim como com algum material que amigos do Centro muito amavelmente nos quiseram ceder, embelezando ainda mais a nossa instituição.
Aos poucos vamos fazendo deste Centro uma casa que é de todos nós, onde a harmonia e o bom gosto vão permanecendo. Pois mesmo na necessidade, na dificuldade e na falta de meios pode existir algo belo, bonito e confortável, onde dá gosto permanecer e viver.
Ricardo Baptista Dias sj