Nestes tempos que são estivais é difícil não recordar os milhares de pessoas que, aproveitando as melhores condições meteorológicas, tentam de novo a sua sorte na travessia do mar Mediterrâneo (pagando para isso avultadas somas a redes de tráfico). Numa tentativa quase desesperada para encontrar melhores condições de vida – ou, mais do que isso, para procurar fugir à violência da guerra -, um grande número de pessoas põe assim em risco a sua vida (e a vida dos seus filhos). Muitos, como sabemos, acabam infelizmente por perder a vida pelo caminho.
Tal como referido por uma das notícias indicadas nesta Newsletter, o Mediterrâneo não é a única zona onde as tragédias têm tido lugar: o deserto do Sara tem sido um outro “mar” onde muitas outras pessoas têm também perdido a vida.
Mesmo sabendo que, para problemas tão grandes e complexos como estes, soluções fáceis não existem, não podemos ainda assim deixar de recordar e de falar disto. E de pressionar para que vias de solução para estes dramas humanos se possam buscar: medidas de emergência para o curto prazo, e medidas que visem as causas para o longo prazo.
Luís Ferreira do Amaral s.j.