Chegadas e partidas
A vida está cheia de partidas e chegadas, de ‘olás’ e adeus. Amigos novos que surgem outros, de quem nos despedimos. Nascer e morrer. Idas e vindas… por onde quer que olhemos vivemos num mundo marcado por estes ritmos.
Mas… é destes ritmos que queremos viver? Há algum outro horizonte para mudarmos o olhar? Ou estamos “condenados” a viver num permanente círculo de partidas e chegadas?
O tempo que vivemos agora, este Menino de quem ciclicamente celebramos o nascimento ensina-nos a olhar este ritmo quase condenatório de idas e vindas de um outro modo. Não como um sinal de destino fatídico no qual melhor ou pior temos que viver. Mas, antes, como oportunidade para nos abrirmos ao ciclo da esperança. Um olhar que se abre ao outro. Um ouvir que nos desafia à aventura da novidade salvífica.
No presépio notamos que um nascimento igual a tantos outros é percebido como uma total novidade pelos Pastores. Aqueles que já nada esperavam e que, por isso, aparentemente incapazes de sair dos ritmos de partidas e chegadas. Já nem no desespero da vida cíclica viviam, o hábito das rotinas era tal, que nem se davam conta que tinham vida cheia de rotinas.
Aprendemos também com os Magos que o desejo de buscar sempre a salvação nos permite vislumbrar uma qualquer estrela não é uma estrela qualquer. Aquela estrela que se fez luz para eles era sinal de uma novidade fora do ciclo das novidades que, cedo, se tornam rotina. É só mais uma para juntar à coleção.
Naquele menino descobriram que a chegada de um bebé é sinal de uma novidade que rompe com a rotina, mesmo permanecendo nós na nossa habitual rotina. Jesus no presépio diz-nos que as partidas e chegadas são parte da vida, mas não são o fim. O nascimento de Jesus, com as complicações encontradas pelos seus pais (falta de um espaço digno do nascimento de uma criança) aponta também já para o sinal de toda a sua vida, da sua chegada e partida, nascimento vida e morte. A diferença, que permitiu aos pastores e Magos, perceber a novidade, está no sinal que este menino dos deixou no final da sua vida: a Ressurreição.
Nela, a Sua chegada e partida, não é anulada. Jesus nasceu e morreu. A Ressurreição possibilitou que este ritmo de chegadas e partidas cobre sentido. As chegadas renovam o nosso modo de estar e ser, a partida parece que nos deixa o coração vazio. Mas é este mesmo vazio que a partida nos deixa que, se vivido como o olhar novo que este menino nos dá, possibilita a descoberta da presença viva daquele que está ausente, do que parte. A Ressurreição faz com que as partidas possam ser vividas como abertura a novas e velhas chegadas e não como simples abandono e ausência. Chegadas e partidas convertem-se assim num contínuo abrir leques de esperança e vida, e não como um inferno que continuamente nos fere e insensibiliza à novidade do outro.
Assim os ritmos de inícios e fins de ciclos, estações do ano, anos novos que começam, aniversários, mudanças de trabalhos… que fazem parte integrante da nossa vida humana, possam ganhar um novo sentido pois estão cheios da novidade da vida de Jesus. E se, esta vida, esta presente, então, chegadas e partidas podem ser vividas com esperança. Pois uma partida, mesmo a que a morte nos obriga a viver, nunca é um adeus definitivo. É sempre um até já ou, porque não, um olá aqui estou de novo. Sendo este novo aquele que a Ressurreição de Jesus inaugura e nos oferece.
José Eduardo Lima, s.j. | Presidente da Direção
Este é o presépio no qual todos se podem abrigar das vicissitudes da vida, acalentados por Aquele que é a luz dos povos. Este foi um dia de festa, em que utentes, direcção e equipa se reuniram, para celebrar a vinda do Menino, num belo almoço, aonde não faltaram danças, música e poesia. Destaca-se, ainda, já perto do final da noite, a distribuição de presentes, generosamente oferecidos pelos amigos do CCSC, aos nossos utentes: em particular um jogo, sobre a cultura portuguesa, que muito cativou a atenção destes.
Eduardo Pinto, sj | Gabinete de Angariação de Fundos
Ângelo Henriques | Voluntário
O dia 5 de dezembro é a data oficial do voluntariado, proclamada em 1985 pelas Nações Unidas. O voluntariado é um ato de cidadania e é também um ato recompensador, de bem-estar e de ajuda ao próximo.
O Centro São Cirilo vem, mais uma vez, agradecer a disponibilidade dos voluntários que, mesmo em tempos de pandemia, se prontificaram a apoiar esta causa. Muito obrigada.
Paula Correia | Gabinete de Animação e Voluntariado
No dia 4 de dezembro, o capitão de equipa de basquetebol do FCP, Miguel Queiroz, convidou os utentes do Centro São Cirilo para assistirem ao jogo com o Imortal.
Além de todo o entusiasmo por estar a assistir a um jogo tão importante, os utentes ainda receberam um presente do capitão: uma camisola.
“Foi muito emocionante assistir ao jogo neste espaço tão especial.”
Carlos Almeida | Portugal | Utente de SAT
A utente R.H. veio despedir-se da equipa de Centro São Cirilo. Vai retornar ao país de origem e deixa-nos uma carta muito emocionada, de agradecimento: …”em primeiro lugar, gostaria de dizer que estou muito grata a vocês pela vossa ajuda e por cuidarem de mim do fundo do coração, vocês trataram-me como membro da família e cuidaram de todas as maneiras possíveis. Não tenho parentes em Portugal…vocês são o meu suporte para viver aqui, e esta é a minha segunda cidade natal. A vida com vocês faz-me sentir “quente”.
R.H. | China | ex-Utente de SAT
No dia 29 de novembro realizou-se no Centro São Cirilo mais uma Assembleia Geral, onde esteve presente a Direção, o Conselho Fiscal e o Conselho de Curadores. Foi apresentado o Programa de Ação e Orçamento para 2022 e aprovado por unanimidade pelos Corpos Sociais.
São momentos de grande importância, onde, todos juntos, pensamos o futuro do Centro São Cirilo, com esperança, e procuramos o melhor caminho para continuarmos a Ajudar a Recomeçar!
Mariana de Mariz Rozeira | Diretora
A Formação da Comissão do Apostolado Social da Companhia de Jesus teve como objetivo aproximar as diferentes obras dos Jesuítas da identidade inaciana, tendo como principal missão seremos o melhor de nós próprios ao serviço dos outros.
Para mim, foi uma experiência muito enriquecedora pela perceção de que a imaginação enquanto impulsionadora de esperança liberta o real e o coloca em movimento, a consciência da vulnerabilidade humana como aspeto fundamental para ultrapassarmos obstáculos. Sentirmo-nos conectados com o outro traz, perante nós, a imensa responsabilidade para com aquilo que acontece à nossa volta e temos as ferramentas para gerar mudança todos os dias: Lutar por um bem comum. O que queremos construir? Amar com todo o coração, mesmo que não haja garantias de sermos amados de volta.
Márcia David | Gabinete de Apoio Social
Em 2017, o Papa Francisco propôs que se assinalasse anualmente, em todo o mundo, o Dia dos Pobres. É um dia para nos lembrarmos, de forma especial, de quem não tem nada, mas é também um dia para dar voz a tantas situações de pobreza e injustiça no mundo.
Este ano, na véspera da celebração do V Dia Mundial dos Pobres, o Centro São Cirilo, em parceira com o Ponto SJ, organizou uma conversa em torno da temática da pobreza: “Estamos condenados à desigualdade?”
Estiveram presentes o Professor Fernando Bessa Ribeiro, da Universidade do Minho, a Mariana de Mariz Rozeira, diretora do Centro São Cirilo, e o P. Fernando Ribeiro, coordenador da Comissão do Apostolado Social da Companhia de Jesus.
A conversa ainda está disponível no Ponto SJ, com emissão feita a partir do Centro São Cirilo.
Mariana de Mariz Rozeira | Diretora
Gostava de agradecer a oportunidade que me foi dada pelo Centro São Cirilo de participar num trabalho tão importante, quanto este: o da integração dos migrantes, na nossa sociedade.
Participei numa formação sobre Cidadania, com migrantes de várias nacionalidades. Foi sem dúvida enriquecedor, conhecer os formandos e as suas culturas, as suas histórias e as suas perspetivas mas, principalmente, perceber quais são os aspetos que nos aproximam.
Os participantes foram muito ativos e interessados em contarem as suas experiências pessoais e opiniões.
Demonstraram muito interesse no tema de Cidadania, e houve muito debate e troca de ideias sobre todos os subtemas abordados.
Estas formações são importantes para os informar sobre os seus direitos e deveres. Estes espaços também nos permitem perceber quais são as diversas dificuldades que os participantes encontraram desde a partida dos seus países à estadia em Portugal, e permite-nos dar algumas ferramentas para as superarem. E não menos importante, esta formação permitiu-me melhorar enquanto anfitriã, cidadã e pessoa.
Estefânia Rodrigues | Dinamizadora
O Centro São Cirilo viu mais um projeto de vida concretizado. O Rafael Vaz, do Brasil, autonomizou-se pela via do trabalho. Deixou à equipa um agradecimento considerando que “esta é a minha família. Vou ter saudades vossas. Já sinto saudades das regras.”
Rafael Vaz | Brasil | Utente de SAT
O Centro São Cirilo foi o vencedor no Programa #bairrofeliz do Pingo Doce da Praça da República. O Centro São Cirilo agradece a TODOS os que votaram e tornaram possível a concretização do projeto “+capacitar”, que consiste na aquisição de computadores portáteis para que os utentes possam assistir a aulas à distância e outras formações. MUITO OBRIGADA A TODOS.
Paula Correia | Gabinete de Animação e Voluntariado
A formação foi bastante interessante.
Aprendi que a interculturalidade nos proporciona empatia pelos outros. Pois somos seres diferentes, com perspetivas diferentes e só colocando-se no lugar do outro é que podemos entender a sua visão. Esta Palestra fez-me revigorar o ânimo.
Viana Catumbela | Angola | Utente de SAC
No passado dia vinte e sete de outubro, foi celebrado um protocolo entre a AHP (Associação de Hotéis de Portugal) e o Centro São Cirilo, com vista ao usufruto da HOSPES – plataforma de alocação de bens. Por meio desta plataforma, poderemos, doravante, aceder a inúmeros bens, que são generosamente colocados à nossa disposição, pelos diversos parceiros da AHP. Um bem-haja à AHP!
Eduardo Pinto, sj | Gabinete Angariação de Fundos
Na condição de professor de português, a qual em tempos me foi próxima no seio familiar, sinto-me mero cultivador. Autonomizar e empoderar é o objetivo do expressar-se em português; independentemente de metas pedagógicas rigorosas. De forma ligeira para os alunos, próxima e igualitária, navego em português, sobre a heterogeneidade das suas inculturações já sedimentadas. É mais o que se improvisa em aula do que o que se transmite com didática preocupação de sistematizar. Fornecer elementos de referência geográficos e culturais portugueses, sem exclusão do calão ou dos sotaques, ou dotar os alunos da compreensão do Ser e do Estar nacionais, com material de apoio dotado de valoração qualitativa, é fazer um celebrativo e gratificante “caminhar-com.
Fernando Costa | Voluntário
Foi muito interessante abordar este tema (Gestão de tempo) nesta altura (arranque de ano letivo) com este grupo de alunos da Universidade de Minho. Os participantes fazem parte da empresa EPIC Júnior, Empresa Júnior de Engenharia da Universidade do Minho, parceira e entidade pro bono do Centro São Cirilo.
É de sublinhar a importância da gestão do tempo no dia-a-dia e o impacto que tem no bem-estar emocional e nos resultados académicos.
Leonor Guedes de Oliveira | Gabinete de Apoio Jurídico | Formadora
26.Jan – Formação “Formação Técnico-Profissional”
09.Fev – Formação “Prestações e Obrigações”
14.Fev – Dia de São Cirilo
23.Fev – Formação “Formação Humana”
09.Mar – Formação “Técnicas de Procura de Emprego I”
23.Mar – Formação “Técnicas de Procura de Emprego II
